Intensos combates em Benghazi matam oito milicianos leais ao governo líbio 5v562f

  • Por Agencia EFE
  • 27/09/2015 20h46
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Trípoli, 27 set (EFE).- Pelo menos oito milicianos leais ao governo reconhecido líbio de Tobruk morreram nas últimas 24 horas pelas mãos de milícias islamitas afins ao Executivo rival em Trípoli em intensos combates que explodiram em diferentes bairros da cidade oriental de Benghazi, a segunda mais importante na Líbia.

Uma fonte das forças islamitas de “Maylis al Shura” e “Zuar de Benghazi” informou neste domingo à Agência Efe sobre a morte dos oito soldados dirigidos pelo general Khalifa Hafter, chefe do Exército regular de Tobruk.

A fonte precisou que entre as vítimas mortais figura um destacado militar, Walid al Hasi, além de outros 20 soldados que ficaram feridos nos confrontos que explodiram nos bairros de Suq al Hut e Al Sabri em Benghazi.

Os enfrentamentos explodiram ontem à noite quando as forças leais a Hafter tentaram entrar pela força em posições das milícias islamitas em Al Sabri utilizando armas pesadas.

“As forças dirigidas por Hafter usaram dois veículos militares seguidos por dois aviões a fim de atacar posições do Maylis al Shura”, disse a fonte.

Um veículo militar foi destruído pelas milícias islamitas e foram detidos, além disso, outros cinco jovens leais a Hafter procedentes da cidade de Berses em Benghazi, acrescentou.

Outra fonte militar reportou que vários moradores de grandes bairros residenciais em Benghazi foram obrigados a abandonar seus lares pelo impacto de vários foguetes nessa zona.

A fonte explicou, além disso, que as forças dirigidas pelo general rebelde Hafter mantiveram seus ataques aéreos desde as primeiras horas de ontem a fim de dificultar o avanço das forças islamitas para outros bairros de Benghazi.

Hafter, um polêmico general oposto ao processo de diálogo que auspicia a ONU para a Líbia, intensificou há uma semana os bombardeios sobre Benghazi, cidade sob controle das milícias de Trípoli que assedia há um ano e meio.

Embora tenha garantido que seu objetivo era lutar contra as células do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Líbia que aproveitaram os combates para penetrar na cidade, seu argumento não convenceu nem o governo de Trípoli e nem a ONU.

No sábado, as Nações Unidas criticaram a decisão ao advertir que ameaça o processo de diálogo e reconciliação política impulsionados seu enviado especial, Bernardino León, na cidade marroquina de Sjirat.

León entregou no domingo o que qualificou como último documento, fechou as portas para mais negociações e avisou que agora está nas mãos dos dois governos líbios decidir se aceitam ou não. EFE

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